Do
pensamento que prova a existência às idéias da percepção
A Filosofia Cartesiana do “eu penso” (Cogito, ergo sunt – Renè
Descartes) nos ajuda na construção do sujeito ético, pois a filosofia exige a
habilidade de reflexão, que também é critério absoluto do agir moral, pois é
necessário pensar antes de agir. Afinal, o que nos diferencia uns dos outros é
justamente nossa forma de pensar, agir e sentir. E essas mesmas diferenciações
são as que nos aproxima, fazendo-nos formar nossos grupos, nossos guetos.
Com essa mesma idéia de grupo, de
gueto podemos dizer que sendo “indivíduo” um ser qualquer pertencente a um
grupo, podemos afirmar que é importante caracterizá-lo e torná-lo único por
meio de sua identificação e assim as regras se criam automaticamente e vamos
nos limitando e superando nossos limites, sendo assim mesmo que por acaso do
destino sejamos obrigados a estar em uma ilha deserta com os colegas de classe e
mesmo não havendo condições tecnológicas como há no mundo, basta criar regras
de convívio para que seja possível sobreviver.
“Idéia” é a representação mental de
algo ou alguém concreta ou abstrata. A idéia pode nos proporcionar visões de
coisas que não existem, pois podemos representar mentalmente coisas concretas
ou abstratas. É seguindo este mesmo ideal que
Platão ficou admirado com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e
chegou à conclusão de que “por detrás” de tudo o que vemos à nossa volta há um
número limitado de formas. A estas formas Platão
deu o nome de “Idéia”.
“Embora o
nosso pensamento pareça possuir uma liberdade irrestrita, veremos (…) que se
encontra realmente confinado a limites muito estreitos e que todo este poder
criador da mente nada mais vem a ser do que a faculdade de compor, transpor,
aumentar ou diminuir os materiais que nos são fornecidos pelos sentidos e pela
experiência” (David Hume), a partir daí podemos dizer que, se acontecer
que um homem, em virtude de um defeito dos órgãos, não é susceptível de
qualquer espécie de sensação, vemos sempre que ele é igualmente pouco
susceptível das idéias correspondentes, portanto, um homem cego não pode formar
nenhuma noção das cores, e um surdo, dos sons.
Prof.
Rodrigo Ribeiro de Santana
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