quinta-feira, 10 de março de 2011

6ª AULA

         - Tema: “Utilizando a Filosofia em nossas vidas!”

         Na obra de Platão chamada "Apologia de Sócrates", assim como na obra "Da alma" de Aristóteles, podemos encontrar trechos com o quais podemos tentar entender como podem ainda existir pessoas que ainda se interessem pela Filosofia:
“Ao considerar o conhecimento como se encontrado entre as coisas mais belas e dignas do maior valor, sendo umas mais perigosas do que outras, quer em virtude do seu rigor, quer em virtude de dizer respeito a coisas mais belas e elevadas, decidimos, devido a essas duas mesmas causas, considerar toda a investigação respeitante à alma como sendo de importância fundamental. Além disso, parece esta investigação também constituir uma contribuição especial para todo o conhecimento da verdade, particularmente para o estudo da natureza – a alma, é com efeito, o princípio de todos os seres vivos. Por isso procuramos, ao investigar, examinar a natureza e a essência da alma em primeiro lugar e, depois, os seus atributos fundamentais.” (ARISTÓTELES, Da alma. Edições 70, 2001, p. 23)
“Por toda parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente com o corpo e as riquezas, como devem preocupar-se com a alma, para que ela seja quanto possível melhor, e vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vem, aos homens, as riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como privados.” (PLATÃO, Apologia de Sócrates)
         Nestes trechos, percebemos que Platão e Aristóteles trazem consigo a preocupação com a alma, com a virtude, com a capacidade de conhecimento, ou seja, com palavras ou conceitos que fazem parte da experiência humana e exigem esforço de reflexão que se distingue da reflexão de um espelho que mostra apenas o visível, o superficial. Podemos assim criar uma comparação entre a reflexão do espelho e do intelecto:


         Reflexão do espelho X Reflexão do intelecto

         A reflexão do espelho necessita somente de luz.
X
A reflexão intelectual precisa de idéias e conhecimento.

         Apenas reflete o que está a sua frente.
 X
O intelecto pode refletir sobre coisas escondidas ou ausentes,
assim como pessoas que moram longe e de quem gostamos.

         Apenas reflete as imagens presentes.
X
Reflete sobre coisas do passado e pensa o futuro.
Em relação ao presente, ela trata dos sentidos,
dos valores e das interpretações que fazemos
do que podemos ver e do que apenas percebemos da realidade.

         Apenas reflete o que é visível.
X
Reflete sobre coisas “invisíveis”, ou abstratas,
como o amor, a saudade ou as idéias, sem esquecer, obviamente, a Filosofia.

         Caso não funcione direito, pode-se descartar o espelho.
X
É possível melhorá-la a partir do conhecimento.        

                                    Não pode refletir a si mesmo.
X
Pode refletir sobre si mesma.                                   

5ª AULA

         - Tema: “Introdução ao pensamento grego”.


         A Guerra de Peloponeso

         Atenas, no final do século V a.C. era a principal cidade-Estado da Grécia e liderava a Confederação de Delos, que reunia as várias cidades-Estado (Anfípolis, Abdera, Acanto, Alnos, Andrus, Antandro, Asso, Atenas, Cálcis, Cárpatos, Cásos, Cauno, Cnido, Cós, Eritréia, Esmiroa, Halicarnasso, Histaia, Içaria, Maratona, Melos (Milo), Micale, Miconos, Mileto, Mitillene, Naxos, Olinto, Pérgamo, Potidéia, Quios, Rodes, Samos, Sesto, Stagira, Teno, Tera, Torone). Atenas, dona de grande poder, conseguia, sempre fazer vales seus direitos.
         Esparta também era uma grande cidade-Estado da Grécia Antiga e, por sua vez, liderava uma outra confederação, a Liga do Peloponeso (Argos, Citera, Delfos, Esparta, Mentinéia, Metana, Olímpia, Pilo, Tebas).
         A guerra foi provocada por problemas comerciais entre Atenas e Corinto (cidade que fazia parte da Liga do Peloponeso). A guerra entre Atenas e Esparta causou tão grande desgaste que, ao serem atacados pelos macedônios, os gregos não tiveram meios de resistir, foram anos de batalha até que Esparta saísse vitoriosa da guerra, tornando-se a principal cidade-Estado da Grécia.

 
         A cultura grega
 
         Os gregos, em seu modo de raciocínio, destacaram-se em vários campos científicos, na filosofia, nas artes, e seu modo de pensar influenciou diversos períodos da história, inclusive o atual.
         Os gregos mais destacados foram: Pitágoras na matemática, Arquimedes na física, Hipócrates na medicina e vários filósofos como Platão, Sócrates, Zenão, Epicuro, Parmênides e outros.
         Mas não foi apenas na ciência que os gregos se destacaram. As artes também foram muito exploradas por eles. As esculturas valorizavam o homem e a beleza física de homens e mulheres foi a principal inspiração para os escultores. O teatro grego também se tornou famoso, tendo como alguns de seus principais autores: Ésquilo, Sófocles a Aristófanes. Os gregos também se deram especial atenção para a História: Heródoto foi o primeiro, depois vieram Tucídides, Xenofonte e outros.
         A valorização do corpo e da mente (Mens sana in corpore sano – Mente sã em corpo são) deu origem aos Jogos Olímpicos, que visavam prestigiar o homem e eram um momento de confraternização entre os povos que formavam a Grécia. Como podemos ver, em quase todos os campos do conhecimento (ciência, arte, esportes), os gregos deram sua colaboração para a formação do mundo ocidental.