sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Arte Primitiva (Rodrigo Ribeiro)


Nômades, os primeiros aristas da humanidade
Viviam em pequenos grupos



Viviam em cavernas ou cabanas
E alimentavam-se da caça, da pesca e da colheita de frutos.



 São as cavernas os primeiros salões de arte
Com suas “telas” e “shows” de imagens
Esculturas de formas avantajadas
E muita arquitetura gloriando a natureza.


No crescimento das aldeias
Surge a defesa do território
Mudando todas as estruturas.




Da pedra polida à Metalúrgica
Da Caverna para quatro paredes
Enfim, da nudez à mais pura falta de vergonha.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Onde está a moral? (Rodrigo Ribeiro)

Não nascemos com determinações morais, éticas ou religiosas. Talvez se não tivesse virado “moda” em Roma o cristianismo, se os espanhóis e/ou os portugueses chegassem ao Brasil e encontrassem maiores barreiras e não conseguissem disseminar sua cultura, seríamos mais “índios” e talvez nem mesmo como somos, mas simplesmente diferentes, não trazendo aqui um julgamento de que seríamos melhores ou piores, mas com a certeza da diferença.

Os costumes são aprendidos com os que nos rodeiam, como por exemplo, quando uma família recebe uma visita e a criança chega e diz: “Meu pai disse que você é chato!”, quem foi que falou que não poderia se dizer? Ou então, lembro fatos passados quando, por exemplo, nossos antepassados, um senhor viúvo que já possuía dois ou três filhos e depois de certo tempo desposou uma garota de 15 ou 16 anos, o que hoje consideraríamos pedofilia há alguns anos, algumas décadas, era simplesmente comum, costume, mas hoje por intuito de defender uma moralidade se solidificou em lei essa proibição, como a temos.

Quem somos na verdade? Não está em nossa genética o que pensamos, o que criamos quanto à sociedade, à moral, à ética, ou à religião. Ao passo que não é porque um indivíduo que nasceu em uma favela dum morro da cidade do Rio de Janeiro e por uma ação, seja por causa acidental ou por uma causa provocada, este é disposto a crescer junto aos gaúchos, outro semelhante junto aos nordestinos, outro aos provindos do norte, outro ao convívio de pessoas do centro-oeste, outro ainda permanecendo no Rio de Janeiro, porque todos nasceram no morro serão todos traficantes e/ou assassinos?

Assim como a pergunta tradicionalista da pátria: “Havendo a bandeira nacional pegando fogo e sua mãe se afogando, quem ou o quê salvarás primeiro?”, por patriotismo seríamos obrigados a responder: “a bandeira nacional”.

Quando ouvimos uma lição de moral provinda de alguém superior a nós, muitas vezes concordamos e às vezes saímos nos propondo a praticar, no entanto, no cotidiano passa-se a continuarmos da mesma forma como éramos antes.

Quem nunca teve uma tia bolinadora? Todos, mas se é um tio bolinador, logo o caracterizamos como um pedófilo, porque essa falsa moral? A moral social pede uma máscara social, assim como um indivíduo na roda de amigos diz que faz acontecer diversas coisas e no cotidiano percebe-se que nada faz jus ao que foi dito, ou então, um político que chega no plenário e faz um discurso cheio de moralidade, quando na verdade não é nada daquilo que acaba se descobrindo, mais cedo ou mais tarde que este mesmo o faça, ou faça o oposto.

Devemos traduzir a moral como costumes, assim um imoralidade será um contra-costume, como o não ser correto, por exemplo, furar fila, burlar procedimentos para agilizar os próprios interesses.

Os direitos humanos, é uma visão universal ou uma forma ocidental de modificar e/ou dominar o mundo e sua forma de pensar? Por exemplo, o Islã que aceita o shibataismo que é recusado pelos direitos humanos e os Estados Unidos que matam pessoas em cadeiras elétricas por causa da sua legislação defendida pelos mesmos direitos humanos. É como recusar a poligamia que mantém diversos direitos às mulheres quanto ao seu marido comum e defender a monogamia e ter sabido que há exemplos, em milhares, de traição sem direito algum para as amantes.

Assim, percebe-se existir diferenças antagônicas entre ética e moral, como costumes em sala de aula que foge às regras, foge à moral, ou outro exemplo sujeitado a todos, como utilizar roupas, que por tradição compreendemos que seria imoral, ou contra os costumes não utilizar.